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Dúvidas? Duvidas!

Irregular

Vida como sucessão de equilíbrios…
sobra aqui, falta ali.

Mito

Fernando Pessoa diz:

O mito é o nada que é tudo.
O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo –
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.

Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.

Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade.
E a fecundá-la decorre.
Embaixo, a vida, metade
De nada, morre.

Wikipedia diz:

A explicação mítica é contrária à explicação filosófica. A Filosofia procura, através de discussões, reflexões e argumentos, saber e explicar a realidade com razão e lógica enquanto que o mito não explica racionalmente a realidade, procura interpretá-la a partir de lendas e de histórias sagradas, não tendo quaisquer argumentos para suportar a sua interpretação.

Digo:

É confiar no que explica-se racionalmente de forma diferente;
Pensar que suas palavras são compreendidas da forma como são pronunciadas;
Agarrar-se a uma ilusão sem pedir as justificativas que a razão fornece;
Sentir que uma verdade pode ser universal;
Fazer da parte um todo e do todo uma parte;

É ignorar que nada se repete, nada é igual, um grito desesperado e tantas vezes impreciso para retratar a realidade que não sabe-se explicar, desejar a felicidade mesmo que etérea e fundada em alicerces fantasiosos.

O mais popular nem sempre (e eu penso que a maioria das vezes) é o que melhor satisfaz… é apenas o caminho mais curto entre a pergunta e a resposta… e apressar a vida em busca de uma resposta não é a melhor maneira de viver.

As respostas não se mostram diante das perguntas, mas sim das experiências. O método cartesiano ajuda a universalizar uma linguagem, mas não une tão precisamente quanto assim propõe.

* * *

Para que possa me surpreender com o grandioso, é preciso ver as coisas muito de perto… pois de longe tudo é pequeno, exceto a distância. O conteúdo tende a superar as aparência para os que conseguem entender o que lhes é oferecido.

Trocadilhos são as inversões de intensões semelhantes, congruentes embora distintas… que tendem a encontrar-se no infinito dos seus objetivos. Distante é o tempo que não tenho para ir até onde quero chegar.

 
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Publicado por em 26 março, 2008 em Cotidiano, Vida

 

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