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Verbo e Ação

Yellow Brick Road

Leva-se muito tempo para aprender. Experiências isoladas, problemas alheios, notícias no rádio e na televisão, informações no papel, imaginação, sonho e realidade. O que aprendemos com isso se não houver o bom senso? Que seria este senso crítico tantas vezes erroneamente “aprendido” senão ato de separar, dentro do contexto em que nos encontramos, o que um dia foi imaginado (por outros homens tão suscetíveis a falhas quanto eu) da informação real contida (e de preferência útil) no que é exibido em meio a tantas luzes, fumaça e movimento?

Há quase duas décadas eu “brinquei” com um computador pela primeira vez, e aqui ele está mais uma vez exibindo toda a genialidade humana refletida nesta ferramenta de manipulação da informação. Inserimos dados, retiramos textos, músicas, vídeos, produtos, comércio, conhecemos pessoas, compartilho de idéias e aqui estou retratando-as, assim como outros milhões ao mesmo tempo. Uma propriedade intelectual, matéria irreal que, embora tantas vezes possamos insistir para que seja diferente, jamais perdeu o sentido que tinha há quase duas décadas: virtual.

Hoje decido mediante uma reflexão da vida que abraça tantos critérios quanto: pensamento, avaliação, vivência, testemunhos, verificação, aprendizado, informação, sentimento, crença e razão. Pelo que se mostra diante de mim através da coerência entre as palavras e os gestos, pelo que consigo definir como íntegro e autêntico, opto pelo original. Ainda prefiro a carta amassada com letras riscadas, a timidez do olhar acanhado que não sabe o que diz, o calor de um sentimento autenticado pela veracidade das palavras em harmonia com o gesto de doar-se.

O pensamento continua sendo uma propriedade individual cultivada por todos em diferentes proporções, as atitudes permanecem significando uma manifestação particular das intenções. Definir minha “dúvida” ou sua “certeza” permanece um critério a ser definido na mesma proporção em que continuamos aprendendo e mudando, não há como permanecer o mesmo. Busco o elemento intelectual que acrescente ao meu verbo continuidade, a manifestação física nesta minha realidade que não contradiga a representação mais frágil de um sentimento verdadeiro.

Continuarei aprendendo e acrescentando, rindo e manifestando esta vontade de dizer o que me vêm à mente através das idéias que me apropriei até esta esquina da vida. Se encontrar quem possa compreender e aceitar esta mente em constante transformação, levante-se e caminhemos juntos. Te aguardo. O resto decidiremos e construiremos durante o caminho.

 
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Publicado por em 6 dezembro, 2007 em Sociedade, Vida

 

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